Os mestres que inspiram Jardins Naturalistas - Parte 2


Piet Oudolf nasceu em 1944, em Haarlem, Holanda. Desde 1982, ele viveu e trabalhou em Hummelo, uma pequena aldeia no leste da Holanda, onde ele começou um viveiro de plantas perenes, com sua esposa Anja. 
Seu jardim desde então se tornou conhecido pela sua abordagem radical e ideias inovadoras sobre paisagismo.
Oudolf também foi co-fundador da Future Plants, uma empresa especializada na seleção, crescimento, reprodução e proteção de plantas para paisagismo e áreas públicas.
Piet Oudolf é um dos designers mais importantes e aclamados do paisagismo no mundo de hoje.  
Os processos criativos e a visão artística por trás de alguns dos projetos mais influentes e inovadores da Oudolf no Reino Unido e mais longe, inclui as comissões para The High Line, em Nova York e da Galeria Serpentine, em Londres.
Desenhados à mão, os projetos de plantio de Oudolf são compostos de camadas e mais camadas de símbolos, anotações, blocos de cores e matizes em retalhos, onde cada um correspondem a diferentes combinações de plantas. 



No coração dos jardins de Oudolf reside um profundo conhecimento das plantas, e uma análise cuidadosa de como as plantas se relacionam entre si e se comportam em situações diferentes.
Oudolf é uma figura de destaque no Novo movimento por jardins perenes; seus projetos são caracterizados por uma forte relação com a composição pictórica de um jardim e seu layout. 
Inspirado pela arte, natureza e tempo, os jardins de Oudolf são elaborados através de áreas de plantio naturalista, utilizando faixas de plantas perenes e grama combinadas com as vias de passagem, arbustos e árvores.
A extensa obra de Oudolf inclui jardins públicos e privados em todo o mundo. 
O projeto para o High Line, em Nova York, é um dos mais notáveis ​​de Oudolf, em uma colaboração com o arquiteto paisagista James Corner. 
O parque linear é construído em cima de uma linha férrea elevada abandonada que atravessa Manhattan. 
The High Line, em Nova Iorque
Combinando minimalismo com a ecologia, este jardim foi concebido como uma série de elementos entrelaçados que levam os visitantes ao longo de um caminho ricamente plantado. 

Clique aqui para apreciar mais imagens.
O projeto de Oudolf enfatiza a estreiteza do parque, atraindo pessoas e plantas mais juntos dentro de um ambiente urbano.
Este ano será lançado o documentário sobre a obra de Piet Oudolf, com título “Outono, Inverno, Primavera, Verão, Outono”; um filme de Tom Piper.
Confira abaixo um teaser deste documentário, com imagens incrivelmente belas de jardins projetados por este grande mestre do Paisagismo!
Clique sobre a imagem para assistir.





Agora que vc já conheceu um pouco da história destes dois mestres do Paisagismo Moderno Naturalista, gostaria de poder aplicar estes conceitos em seus projetos paisagísticos?

Vc terá oportunidade de aprender técnicas para projetar e compor Jardins Naturalistas como os que acabamos de ver!
Venha conhecer de perto como nós fazemos! 

Vamos apresentar este conteúdo no dia 17/05/2015 no Jardim Botânico Plantarum, após a IV Jornada de Paisagismo.


PROGRAMAÇÃO:
- Jardins Modernos Naturalistas pelo Mundo
- Princípios do Paisagismo Naturalista/Ecológico
- Jardins de Piet Oudolf
- Jardins de Gilles Clément
- Outros Paisagistas Naturalistas Mundiais
- Experiência Prática do Escritório Toni Backes – Paisagismo & Arquitetura
- Apresentação Prática de espécies no Jardim Botânico


VALORES e INSCRIÇÕES 
até 08/05 R$ 120,00 após ou no dia R$ 150,00


Para se inscrever, é só preencher este formulário:




Os mestres que inspiram Jardins Naturalistas - Parte 1


 Gilles Clément é engenheiro agrônomo com especialização em paisagismo pela Escola Superior da Paisagem de Versalhes. Ele começou seu trabalho fazendo projetos para grandes áreas verdes mas cedo optou pelo jardim privado.

O jardim, segundo ele, sintetiza constantes universais que superam as circunstâncias, as modas e, inclusive, a época. Seus materiais o incitam a falar de uma função biológica, de uma função vital. Tudo isso participa de um movimento de energias.

Daí saiu a ideia do jardim em movimento, no qual o paisagista trabalha prestando uma pequena ajuda à natureza, selecionando e semeando centenas de espécies misturadas.

O seu jardim é o resultado do comportamento destas espécies, com seus florescimentos, frutificações, brotações ou mortes sucessivas. No fundo ele quer enfatizar os processos naturais sem encerrá-los em uma forma pré-determinada. Para ele isso não é grave, seu propósito não é esse. Ele quer que a natureza participe da sua invenção.

A ação do paisagista na concepção de Clément poderia estar associada à de uma enzima, um catalizador; ele potencializaria processos. Um trabalho instigante, que fica no limite entre a atividade artística e o deixar a natureza predominar.

Dessa maneira, Clément se opõe a representar os elementos da paisagem como elementos arquitetônicos, ou seja, privando-os da sua natureza dinâmica. Para ele, o paisagista tem uma oportunidade única de trabalhar com um material do qual desconhece a dimensão final.

Jardim em Movimento, Parque Matisse, em Lille
"Ao criar uma forma provida de uma incerteza, tem-se a possibilidade de transcrever um sonho. Criam-se imagens do que virá a acontecer dentro de um tempo determinado. Mas é possível que nunca chegue a ser da maneira pensada, porque na paisagem todas as certezas são descartadas".

Ele confessa também que os belos jardins o aborrecem: " são muito explícitos para que possamos descobrir o que quer que seja, com suas misturas de cores, seus maciços sob forma de estrelas… que horror".
Em contraposição, nos deparamos com uma natureza que "produz emoções, medo, bem estar...". 

Mas para bem ou mal, o jardim está na moda, ele costuma afirmar. Em uma época pouco alegre, Clément considera, no entanto, que o jardim engaja o indivíduo a uma visão feliz de futuro. Planta-se para já e para o amanhã: unem-se assim todas as escalas de tempo.

Ana Rosa de Oliveira, in Vitruvius.
Disponível em www.vitruvius.com.br

Este foi um trabalho que realizamos com essa inspiração na Praça Central de Nova Petrópolis-RS 






Amanhã vamos conhecer mais um dos mestres que inspiram o nosso trabalho com o Paisagismo Regenerativo! 
Aguarde o nosso e-mail! Até lá! :)


Inicia curso anual na Escola Perau do Encanto

Confira como foi o Módulo A: Princípios do Paisagismo Ecológico

“Um dos pontos principais para quem quer atuar na área de paisagismo é compreender a paisagem onde vive e realiza seu trabalho” destaca Paulo Backes na aula de abertura do Curso Anual de Paisagismo da Escola Perau do Encanto em Nova Petrópolis. O Módulo A iniciou na última sexta-feira, 27 de março, com turma lotada e o curso estende-se até novembro, sempre no último final de semana do mês. Em 2015, os encontros mensais também são oferecidos em São Paulo, no Jardim Botânico Plantarum, localidade de Nova Odessa, para o qual ainda existem vagas.


Ao dar as boas-vindas aos participantes, a arquiteta Gabriela Pizzetti destacou que há 25 anos Toni Backes, o mentor da escola, ministra aulas nesta temática. “O Curso Modular é um início que pode ser aprofundado no Curso Técnico de Paisagismo oferecido na Escola Bom Pastor, em Nova Petrópolis”, informa Toni, acrescentando que muitos alunos do Perau tornaram-se técnicos em paisagismo.


Olhar atento à paisagem

Como explica Paulo, a paisagem resulta da relação entre espaço e tempo, concomitante à evolução da Terra e da vida que a povoa desde 3,8 bilhões de anos. A primeira aula do módulo é uma longa e interessante viagem que parte do Hadeano. Este éon abrange a formação do planeta e o período posterior, caracterizado pela intensa atividade de vulcões e queda de meteoritos. Ao longo da tarde de sexta, o professor discorre sobre peculiaridades da vida primitiva até chegar à configuração atual da atmosfera e dos continentes.

Outro fator fundamental na paisagem é a presença ou a ausência do líquido da vida. “Para entender a dinâmica da paisagem e de seus componentes precisamos analisar sua relação com a água, local onde surgiram os organismos primitivos”. Um exemplo citado por Paulo são os cactos, que vivem em locais de escassez hídrica e foram modificados para segurar a água, e assim, sobreviverem.

“A orgia energética que vivemos atualmente, baseada nos combustíveis fósseis, resultou do sequestro do gás carbônico da atmosfera feito pelas grandes florestas do período Carbonífero”, ressalta o professor. Somente a partir dos últimos quatrocentos milhões de anos, quando as algas fixaram-se nas costas rochosas da crosta continental, a vida saiu dos mares. Toni reforça que “conhecer a história natural, de como se desenvolveu a vida e o planeta é muito importante na formação daqueles que irão trabalhar com paisagismo, principalmente os arquitetos, que compõem cerca de trinta por cento da turma de 2015”.

Após o intervalo, onde os alunos serviram-se do lanche natural servido na varanda da escola, Toni apresentou alguns fundamentos filosóficos do Paisagismo Regenerativo ensinado no curso. “As plantas daninhas são indicadoras espontâneas da qualidade do solo e do meio ambiente onde se encontram. Quando temos isso bem claro e até passamos a adotá-las em nosso cardápio, somos capazes de ter outro entendimento da natureza”. Uma novidade da biblioteca da escola é o livro Plantas Alimentícias Não Convencionais (PANC) no Brasil, com identificação de espécies e receitas. A obra de Valdely Ferreira Kinupp e Harri Lorenzi foi lançada no final do ano.

Imersão na paisagem

Na manhã de sábado, que iniciou com céu encoberto, o grupo teve três grandes paradas para ver na prática os conhecimentos do dia anterior: Morro Properti, Morro Malakoff e Araucária Multissecular. No primeiro, o platô mais elevado do município junto à área urbana, estar acima das nuvens surpreendeu os alunos que identificaram espécies da flora nativa e também exóticas.

Paulo chamou a atenção para o jerivá que teve cerca de metade do seu tronco destruído por insetos fitófagos e ainda assim continua vicejante. “A condução da seiva bruta e da elaborada ocorre na parte que resistiu à herbivoria. Nas monocotiledôneas, a circulação é redistribuída no topo do tronco, assim todos os ramos da palmeira estão bem. Caso ocorresse o rompimento dos vasos condutores em uma dicotiledônea, a parte da planta irrigada por tais vasos morreria."

Outro destaque foi para os lagos do local, elementos usuais no Paisagismo Regenerativo. Entre as plantas aquáticas, Paulo mostra a utriculária, uma planta carnívora de pequenas flores amarelas, que devora insetos. "Mesmo estando parada, a água de um ambiente natural, com ecossistema equilibrado, dispensa preocupações com o mosquito da dengue".

Um paredão extenso, que mostra os derrames de basalto, é a principal atração do morro Malakoff. No caminho, o grupo apreciou as dickias, bromélias que vivem nos paredões rochosos, no seu ambiente natural e encantou-se com jardins espontâneos. "Esta composição tem a aparência dos jardins modernos e naturalistas de paisagistas renomados como Piet Oudolf que cria jardins perenes em grandes cidades", comenta Toni.

Após o almoço no Roda d’água, o grupo visitou o bosque da Araucária Multissecular que impressiona pelo seu tamanho e imponência. Houve muitos abraços, fotos e um minuto de silêncio pelas outras tantas árvores de tamanho semelhante que deixaram de existir nos bosques dos Campos de Cima da Serra.


A última parada antes do retorno foi nos jardins permanentes do Show Garden, junto à Floricultura Úrsula, promovido por esta em parceira com o Perau Do Encanto e outros paisagistas. “Nosso projeto foi o Jardim Planetário, que, no centro da espiral, tem uma esfera de metal onde foram plantadas roseiras amarelas sem espinhos, para que os visitantes possam nela entrar e apreciar a beleza e o perfume de gaia”, conta sua mentora a arquiteta Gabriela Pizzeti. O impacto da biodiversidade e cores do jardim pode ser comprovado na imagem de Ana Pezzi Fontana, que ajoelhou-se para melhor apreciá-lo: ”fiquei completamente encantada”.


Partilha de experiências

“Devemos evitar o corte da grama no outono. Deixando-a florir, favorecemos a regeneração natural dos gramados”, explica Paulo no retorno à escola durante a aula de encerramento do módulo. Outra dica preciosa foi sobre a construção de piscinas naturais, onde as plantas como taboas purificam a água, dispensando o uso de produtos químicos artificiais, reagentes e biocidas.

O professor ressalta a importância de conhecer bem a área onde será desenvolvido o projeto paisagístico, informações que podem ser obtidas em mapas disponíveis na web. “Precisamos comparar mapas de relevo, de altitude, de clima, de vegetação e de solos para ampliar nosso entendimento da paisagem e definir as espécies mais adequadas a ela.”

Conhecer melhor o reino vegetal e sua diversidade é a proposta do próximo módulo, O poder das plantas: Botânica aplicada aos jardins que tem como ministrante Sonja Boechat, doutora em Botânica. Em Nova Petróplis, ele acontece dias 25 e 26 de abril. Em São Paulo, no Jardim Botânico Plantarum, localidade de Nova Odessa, dias 17 e 18 de abril. Para este ainda há vagas e maiores informações podem ser obtidas em www.tonibackes.com.br.

Interessados em Paisagismo Regenerativo e no trabalho desenvolvido pela Escola Perau do Encanto, desde já estão convidados a participar da 5ª edição do Encontro Técnico de Paisagismo Regenerativo, que acontece de 16 a 18 de outubro, no Salão de Eventos de Nova Petrópolis (em breve maiores detalhes).

O registro fotográfico do Módulo A pode ser visto no facebook em: https://www.facebook.com/perau.doencanto

Texto: Cláudia Dreier, jornalista e geógrafa.


Curso de Paisagismo Regenativo desembarca no Jardim Botânico Plantarum

Neste módulo os alunos aprenderam sobre os Princípios do Paisagismo Ecológico.
Confira a seguir alguns momentos de vivência e imersão em Paisagismo!


A bela escultura Bailarina nos dá as boas vindas ao Jardim Botânico Plantarum


Profs. Paulo Backes e Toni Backes convidam a turma a descobrir o Jardim Botânico

Um pouco sobre o Paisagismo Ambiental

Atualmente o paisagismo se coloca como uma proposta para incluir a construção das relações HOMEM x MEIO dentro das expectativas de preservação ambiental, de proteção dos recursos naturais, de defesa dos valores culturais e territoriais, de salvaguardar direitos sociais coletivos e principalmente prestigiar a vida.


Alunos e professores observam o ambiente que ilustra um Jardim tropical

Para atingir tais fins, o Paisagismo Ambiental se propõe ao emprego do conhecimento humano em todos os níveis, desde as técnicas mais simples e rudimentares até a mais sofisticada das tecnologias, pois entende que o Homem moderno é capaz de reconhecer e se incluir em toda a grandeza de sua história e de seus antepassados.

Passeio pelo jardim com diversas espécies gramíneas, da família Poaceae

O Projeto Paisagístico é a busca permanente da harmonização ambiental.

Observação e aprendizado sobre diversas espécies de cactus, da família Cactaceae


Prof. Toni Backes identificando um tipo de araçá, da família Myrtaceae.

E após esta bela caminhada, nada melhor que um lanchinho, com direito a bolo com    
Clitoria ternatea, uma PANC (Planta alimentícia não convencional) colhida e preparada especialmente pelo Chef Andrew Bushee, do Bravíssimo Ristorante.

Bolo com Clitoria Ternatea, preparado especialmente pelo Chef Andrew Bushee, do Bravíssimo Ristorante.

Aguarde mais novidades sobre os próximos módulos!
Ficou interessado em participar desta experiência única de observar a paisagem sob outra perspectiva?
Preencha o formulário de matrícula e nos envie suas dúvidas, clique aqui.



Últimas vagas para o Curso Paisagismo Regenerativo 2015

Estamos encerrando as matrículas para as turmas do Curso Modular Paisagismo Regenerativo 2015.

Se por algum motivo você gostaria de participar do nosso curso e ainda não se matriculou, clique no link abaixo:



➝ Clique neste link e aproveite esta oportunidade agora.

Como eu lhe contei nos últimos e-mails há uma grande dedicação para realizar este curso, organizamos com muito carinho, pois nossos alunos se tornam nossos amigos ao longo do percurso e essa troca e parceria não tem preço!

Se ainda tem dúvidas se este curso é para vc ou não, assista o vídeo abaixo:



Neste vídeo vc poderá assistir os depoimentos de alunos do Paisagismo Regenerativo 2014.

O Márcio é formado em Ciências contábeis e trabalha na área administrativa. Foi em busca de adquirir novos conhecimentos para entender um pouco mais sobre o meio ambiente e a paisagem. 

Não só conseguiu acompanhar tranquilamente a proposta do curso, como também está compartilhando o que aprendeu com seu filho e com amigos.

Já a Natália é formada em Paisagismo e nunca havia visto uma abordagem com foco em Ecologia e observação à paisagem como a do Curso. 

Isso a motivou a viajar todos os meses do Rio de Janeiro para o Rio Grande do Sul para estudar e desenvolver este ‘novo conceito’ em Paisagismo elaborado pelo Toni Backes.

Assista e comente abaixo o que achou!

Se tiver dúvidas escreva pra gente: peraudoencanto@redesul.com.br






Paisagismo Regenerativo 2015


Convido você a conhecer mais de perto o nosso trabalho e o Curso modular de Paisagismo Regenerativo.

Venha aprender e compartilhar momentos e vivências em paisagens espetaculares!

Assista o vídeo abaixo e confira!



50 tons de verde

"Cansados de reclamações da CRISE DE ÁGUA, de falarem dos 50 TONS DE CINZA...
Seus problemas acabaram! 
Torne tudo mais PUJANTE e com mais de 50 TONS DE VERDE da natureza, participando do nosso CURSO anual PAISAGISMO REGENERATIVO. Aprenda a fazer jardins, hortas e pomares de uma maneira super ecológica, com o mínimo gasto de ÁGUA, em ambientes onde o verde explode em todo sua gama de matizes - muito mais de 50 tons - tanto no PERAU DO ENCANTO em Nova Petrópolis (RS) como no JARDIM BOTANICO PLANTARUM em Nova Odessa (SP).
Fizemos esta montagem das paisagens do Perau do Encanto, para curtirem um dualismo dado pelas cores predominantes em cada época."
     Esta é uma interpretação livre do agronomo paisagista TONI BACKES.